Piores Alimentos Para Dores Articulares
Piores Alimentos Para Dores Articulares.
Saiba agora mesmo os piores alimentos para dores articulares e veja como voce pode melhorar suas articulaçoes.
Quem tem artrite reumatoide pode comer ovo:
A artrite reumatoide(AR) é uma doença autoimune crônica que causa inflamação nas articulações. Há diversos mitos sobre a dieta e alimentos específicos que podem ou não ser consumidos por pessoas com AR, e o ovo é um deles.
Em suma, vamos explorar se pessoas com artrite reumatoide podem comer ovos e esclarecer esse mito com respaldo científico.
Afinal, o mito de que pessoas com AR não devem comer ovos pode ter origem na crença de que os ovos, devido ao seu conteúdo de colesterol e potencial pró inflamatório, podem exacerbar os sintomas da doença.
No entanto, a pesquisa científica oferece uma visão mais equilibrada e baseada em evidências.
Primeiro de tudo, cerca de 70~80% do colesterol total é produzido pelo nosso corpo, principalmente pelo fígado.
Em suma, existe sim uma relação muito forte com a genética. Enquanto 20~30% restantes do colesterol são obtidos através da dieta, especialmente alimentos de origem animal.
Afinal, em equilíbrio o colesterol é vital para a produção hormonal, transporte para o fígado e formação de ácidos biliares (digestão).
No entanto, é um mito que indivíduos que possuem artrite reumatoide não podem comer ovos. Basicamente, o ovo é o segundo alimento mais nutritivo do mundo, só perde para o leite materno.
Os ovos contém diversos nutrientes essenciais para o desenvolvimento saudável de um pintinho. Ele é basicamente dividido em clara (proteína) e gema (gordura).
Vamos entender a fundo sobre o perfil nutricional dos ovos:
Proteína: presente principalmente na clara, possuem um alto valor biológico (ou seja, rico em aminoácidos essenciais) e que possuem uma fácil digestibilidade. Excelente para o crescimento e reparação dos nossos tecidos;
Gorduras saudáveis: basicamente na gema, existe um mix de gorduras saturadas, monoinsaturadas e poli-instauradas. As quais em equilíbrio são excelentes para a nossa saúde.
Vitaminas A (essenciais para a nossa visão), Vitamina D (essencial para a saúde dos ossos) e vitamina B12 (necessária para a formação de hemácias, as quais transportam oxigênio e nutrientes no nosso corpo);
Mineiras: o ovo é rico em ferro, zinco e selênio;
Colina: principalmente encontrada na gema, esse nutriente é essencial para saúde cerebral (produz um neurotranmissor chamado acetilcolina – bom para memória e aprendizado).
Ácido fólico: primordial para o desenvolvimento fetal da criança;
Luteína e Zeaxantina: encontradas na gema, esses antioxidantes podem ajudar na inflamação e são excelente para a saúde ocular.
São muitos benefícios, não é mesmo? Alguns estudos científicos têm mostrado resultados variados sobre o impacto dos ovos na inflamação:
Colesterol e Inflamação: Por mais que os ovos sejam ricos em colesterol, a ingestão moderada de ovos geralmente não está associada ao aumento dos níveis de colesterol no sangue na maioria das pessoas.
Afinal, a relação entre colesterol dietético e inflamação não é direta. Geralmente o que vai inflamar uma pessoa é um estilo de vida desregrado, sobrepeso/ obesidade e não o coitado do ovo!
Em suma, proteínas e Aminoácidos: A proteína de alta qualidade presente nos ovos pode ajudar a manter a massa muscular e a saúde geral, o que é importante para pessoas com artrite reumatoide. A albumina, uma proteína encontrada na clara do ovo, tem propriedades anti-inflamatórias
Entretanto, pessoas com artrite reumatoide podem incluir ovos na dieta, sem medo de se inflamar.
Cardápio para quem tem artrite reumatoide:
O ideal é sempre procurar um nutricionista para quantificar o seu orçamento calórico de acordo com a sua composição corporal e objetivo! Aqui vou sugerir um cardápio, pensando mais na qualidade nutricional.
No entanto, a elaboração desse cardápio foi focada em alimentos que possuem propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e nutrientes para fortalecer a saúde das articulações:
Café da Manhã:
Iogurte grego com frutas vermelhas e sementes de chia
- Iogurte grego: Rico em proteínas e probióticos, que ajudam na saúde intestinal e na modulação do sistema imunológico.
- Frutas vermelhas (morango, mirtilo, framboesa): Contêm antioxidantes como antocianinas e vitamina C, que reduzem a inflamação e o estresse oxidativo.
- Sementes de chia: Fontes de ácidos graxos ômega-3, fibras e antioxidantes, que têm efeitos anti-inflamatórios.
Chá verde:
- Chá verde: Rico em catequinas, especialmente epigalocatequina galato (EGCG), que possuem potentes propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes.
Lanche da Manhã:
Nozes e amêndoas
- Nozes e amêndoas: Contêm ácidos graxos ômega-3, vitamina E e selênio, que ajudam a reduzir a inflamação e a proteger as células dos danos oxidativos.
Almoço:
Salmão grelhado ou outra fonte de proteína (frango, carne) com quinoa e legumes verdes
- Salmão: Rico em ácidos graxos ômega-3 (EPA e DHA), que reduzem a inflamação e ajudam na saúde das articulações.
- Quinoa: Fonte completa de proteínas, fibras, magnésio e ferro, que são essenciais para a saúde muscular e a redução da inflamação.
- Legumes verdes (brócolis, espinafre, couve): Contêm vitaminas A, C e K, além de antioxidantes e fibras. Os compostos sulforafano e kaempferol presentes no brócolis têm propriedades anti-inflamatórias.
Azeite de oliva extra virgem:
- Azeite de oliva extra virgem: Rico em ácido oleico e polifenóis, como o oleocanthal, que possuem propriedades anti-inflamatórias similares ao ibuprofeno.
Lanche da Tarde:
Palitos de cenoura com hommus
- Cenoura: Rica em betacaroteno e antioxidantes, que ajudam a combater o estresse oxidativo.
- Hommus: Feito de grão-de-bico, rico em proteínas, fibras e compostos como as saponinas e fitosteróis, que têm propriedades anti-inflamatórias.
Jantar:
Peito de frango ao forno com batata-doce e aspargos
- Peito de frango: Fonte magra de proteína, importante para a manutenção da massa muscular.
- Batata-doce: Rica em betacaroteno, vitamina C e fibras, que ajudam na redução da inflamação e na saúde intestinal.
- Aspargos: Fonte de antioxidantes, como a glutationa, e vitaminas C e E, que ajudam a reduzir a inflamação.
Salada de folhas verdes com abacate e sementes de abóbora
- Folhas verdes (rúcula, espinafre): Ricas em vitaminas A, C, K e folato, além de antioxidantes.
- Abacate: Fonte de gorduras monoinsaturadas, vitamina E e antioxidantes, que ajudam a reduzir a inflamação.
- Sementes de abóbora: Ricas em magnésio, zinco e ômega-3, que são importantes para a saúde das articulações.
Ceia:
Fatia de abacaxi
- Abacaxi: Contém bromelina, uma enzima com propriedades anti-inflamatórias e digestivas.
Em suma, a dieta vegana pode ser eficaz no tratamento de doenças autoimunes, como artrite reumatoide e lúpus. (Fonte: Nutrition Reviews).
Afinal, Além da alimentação, é importante manter um estilo de vida saudável, incluindo exercícios físicos regulares e consultas médicas frequentes para o manejo adequado da condição.
Alimentos bons para nervos e tendões:
Os tendões são responsáveis pela conexão entre músculos e ossos, geralmente eles demoram mais para se recuperar do que os músculos. Basicamente eles tem um papel no equilíbrio do corpo e nos movimentos.
Já os nervos, os quais fazem parte do sistema nervoso, são prolongamentos dos neurônios (células) localizados principalmente no cérebro e na medula espinhal. Basicamente eles transmitem sinais do cérebro para o músculo e vice-versa.
No entanto, possuímos nervos sensoriais (pele, olhos, ouvidos) e motores (os que transmitem sinais de movimento).
Entretanto, a saúde dos nervos e tendões é essencial para a mobilidade, a função muscular e a qualidade de vida geral. Uma dieta equilibrada e rica em nutrientes específicos pode ajudar a manter e até melhorar a saúde dos nervos e tendões.
Em suma, primeiro devemos sempre ter um estilo de vida equilibrado, antes de buscarmos por alimentos milagrosos!
Vamos conhecer esses alimentos específicos:
Peixes gordos: como salmão, sardinha, cavala e atum são ricos em ácidos graxos ômega-3, que têm propriedades anti-inflamatórias e são essenciais para a saúde do sistema nervoso e dos tendões.
Os ômega-3 ajudam na regeneração dos nervos e na redução da inflamação que pode afetar os tendões . Caso o seu consumo de peixe for menor que 3x na semana, recomendo a suplementação de EPA e DHA
Nuts: como nozes, sementes de chia, linhaça e amêndoas são excelentes fontes de antioxidantes e vitamina E (que ajuda a proteger os nervos contra danos oxidativos e a manter a saúde dos tendões);
Frutas e vegetais coloridos: como morangos, mirtilos, laranjas, espinafre, brócolis e pimentões são ricos em antioxidantes, vitaminas C e E, e compostos anti-inflamatórios.
Afinal, a vitamina C é crucial para a síntese de colágeno, que é um componente chave dos tendões, e os antioxidantes ajudam a proteger os nervos dos danos.
Em suma, lembre que a matriz alimentar (alimento) é sempre melhor que o suplemento, porém na falta do alimento pode ser interessante a suplementação. Geralmente a vitamina C efervescente possui uma alta dose, a qual é desnecessária.
Alimentos que auxiliam na desinflamaçoes das articulaçoes:
Ovos: são ricos em proteínas de alta qualidade, vitaminas do complexo B (como B12 e colina), que são essenciais para a saúde do sistema nervoso. A colina, em particular, é crucial para a formação de acetilcolina, um neurotransmissor importante para a função nervosa adequada.
Abacate: o qual é rico em gorduras monoinsaturadas, vitamina E e vitamina B6. Essas vitaminas e antioxidantes ajudam a proteger os nervos e a reduzir a inflamação. A vitamina B6, especificamente, é importante para a função nervosa saudável .
Grãos integrais: aveia, quinoa e arroz integral são boas fontes de magnésio e vitaminas do complexo B. O magnésio é essencial para a função muscular e nervosa, enquanto as vitaminas do complexo B ajudam na produção de energia e na manutenção da saúde dos nervos.
Os cereais integrais (vem da palavra íntegro, ou seja , não passou por um processo de refinamento) são interessantes para a nossa saúde.
Frutos do mar: mariscos e ostras, são ricos em zinco e vitamina B12. O zinco é importante para a reparação e crescimento dos tecidos, incluindo os tendões, enquanto a vitamina B12 é essencial para a saúde do sistema nervoso .
Leguminosas: como feijões, lentilhas e grão-de-bico são excelentes fontes de proteínas, fibras, ferro e magnésio. Lembre-se de fazer o repolho para diminuir efeitos colaterais (como gases)
Laticínios fermentados: iogurte e kefir contém probióticos, que podem ajudar a reduzir a inflamação sistêmica e melhorar a saúde intestinal. Um intestino saudável pode ter um impacto positivo na inflamação geral do corpo, incluindo nos tendões e nervos.
No entanto, se você tem alguma intolerância à lactose, não recomendo, pois pode agravar mais ainda a inflamação intestinal.
Chá verde: o qual é rico em antioxidantes, especialmente catequinas, que têm propriedades anti-inflamatórias e neuroprotetoras. Beber chá verde regularmente pode ajudar a proteger os nervos contra danos oxidativos e inflamação .
O que comer para desinflamar as articulações?
Em suma, uma dieta anti-inflamatória vai muito além de consumir shots da moda ou apenas escolher alimentos com propriedades funcionais. Dieta significa estilo de vida, ou seja, para diminuirmos a inflamação é necessário sim, um conjunto de ações.
Primeiro – Controle calórico:
Uma das maiores causas da inflamação crônica advém da obesidade e uma dieta com muitas calorias por muito tempo. Ao ajustarmos um equilíbrio calórico, naturalmente conseguimos reduzir a inflamação.
Priorizando sempre proteínas em todas as refeições, uma dieta diversificada (mais colorida possível) e uma hidratação de qualidade.
Afinal, o sobrepeso e obesidade podem prejudicar a inflamação, uma das melhores formas de desinflamar é perdendo peso, principalmente se existe artrite nos joelhos!
Segundo – Fitoquímicos
No entanto, o nutricionista sempre analisa o contexto dietético antes. Alimento não tem valor moral, mas tem valor calórico. Tem efeito bioquímico. É um fato que não existe nenhum alimento milagroso, quando o estilo de vida é desregrado (composição corporal com muita gordura, sedentarismo, má hidratação, alimentação processada)
Entretanto, existem alguns alimentos funcionais que podem te ajudar. Vamos começar falando sobre os fitoquímicos
Em suma, basicamente o que dá cor as frutas, verduras e legumes são os fitoquimicos que são produzidos como protecção das plantas e possuem diversos benefícios, incluindo a inibição do NF-KB (uma via inflamatória) e sobrevivência das células
Pensando na melhora do fígado, existem alguns fitoquímicos que podem auxiliar na ação antioxidante e anti inflamatória:
Vamos começar com:
- Grupo das brácecas (brócolis, couve, repolho, rabanete, nabo, agrião, rúcula): esses vegetais são ricos em compostos como indol-3-carbinol e sulforafano, que ajudam a proteger o fígado contra danos oxidativos;
- Própolis: sim, aquele produzido pelas abelhas. Também possui propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, ajudando as suas articulações contra os danos dos radicais livres;
- Alimentos fibrosos: encontrados principalmente em frutas, verduras, legumes e grãos integrais são primordiais para a saúde intestinal e do fígado. Esses carboidratos não digeríveis, serão fermentados lá no nosso intestino, produzindo um ácido graxo de cadeia curta, chamado butirato (que possui efeitos benéficos no fígado);
- Antioxidantes naturais: licopeno (tomate, melancia, mamão, caqui), chá verde , cebola, uvas roxas (rico em resveratrol), cacau, açafrão, linhaça, tofu conseguem ativar uma via chamada NRF2, que é um fator que protege as articulações contra danos oxidativos e inflamação;
- Terceiro – Sono adequado:
Em suma, alguns alimentos ricos em magnésio podem auxiliar no sono, pois esse mineral tem efeito relaxante pro sistema nervoso central, são eles: semente de abóbora, castanha do pará, semente de linhaça, castanha de caju e amêndoas.
É muito comum a deficiência de magnésio na dieta do brasileiro, sendo interessante até a sua suplementação!
Afinal, o comprometimento do sono também pode influenciar a cognição, o aprendizado, a memória, a imunidade e as inflamações:
Saiba que quando você tem a privação do sono e excesso de stress (muito cortisol) você desregula um eixo do seu cérebro chamado HPA (Hipotálamo-Pituitária-Adrenal)? Consequentemente, com o aumento do cortisol, o indivíduo produzirá mais adrenalina e noradrenalina pelas glândulas suprarrenaism, gerando mais estresse durante o dia;
Entretanto, com a privação do sono ocorre uma desregulação dos neuropeptídeos grelina (+ fome) e leptina (- saciedade). Deixando o indivíduo com mais fome e impulsivo (amígdala cerebral fica mais ativa), ou seja, o sistema de recompensa fica dessensibilizado.
Sem contar que quando dormimos pouco, basicamente a sua glicemia no outro dia vai estar alterada! É comum buscarmos alimentos hiperpalatáveis (ricos em açúcar e gordura) para compensar isso. Tornando um ciclo vicioso.
Quarto – Hidratação:
A má hidratação pode prejudicar muito seu rendimento nos treinos e causar alguns sintomas, como a dor de cabeça (a ressaca é nada mais nada menos que uma grande desidratação do organismo) e falta de foco. Você sabia que a ressaca é fruto da desidratação? Antes de procurar qualquer tipo de suplemento/ cereja faça o básico bem feito! (sono, dieta, exercício físico e hidratação). Se você quer lubrificar as suas articulações, comece pelo básico: a água.
Quinto – cuide do seu intestino, ele é o seu segundo cérebro:
A microbiota intestinal, também conhecida como flora intestinal, é composta por trilhões de micro-organismos, incluindo bactérias, fungos e vírus, que habitam o nosso intestino.
Afinal, esses micro-organismos têm um papel fundamental na nossa saúde e bem-estar, ajudando na digestão, absorção de nutrientes, proteção contra patógenos e regulação do sistema imunológico.
Em suma, algumas curiosidades interessantes sobre a microbiota intestinal incluem:
- São mais de 1000 espécies, que totalizam aproximadamente 100 trilhões de células em um indivíduo com 10 trilhões de células humanas;
- De 250-400g do seu peso são microorganismos;
- O sistema nervoso central está conectado ao intestino através do sistema nervoso entérico (200-600 milhões de neurônios);
- Existe uma relação muito grande entre o seu cérebro e o seu intestino, onde os neurocientistas denominaram eixo intestino-cérebro-microbiota;
- Alterações na microbiota intestinal têm sido associadas a várias doenças, incluindo obesidade, diabetes, doenças inflamatórias intestinais e câncer.
- A diversidade da microbiota intestinal é influenciada pela dieta, estilo de vida, idade e uso de antibióticos.
- A microbiota intestinal pode ser transmitida de mãe para filho durante o parto e amamentação. O seu parto foi normal ou foi cesária?
Mas o fato é que você deve cuidar da sua microbiota intestinal:
- Em suma, existem 2 formas de você cuidar da sua microbiota:
- Prebióticos: são fibras, as quais são digeridas apenas ao atingirem o cólon (intestino grosso), conferindo benefícios à saúde associados a microbiota intestinal. Encontramos em frutas, vegetais, legumes, cereais e leguminosas;
- Probióticos: são microorganismos vivos que, quando administrados em quantidades apropriadas oferecem benefícios à saúde do indivíduo, contribuindo para o equilíbrio da microbiota intestinal. Encontramos em bebidas fermentadas – lácteos fermentados, yakult, chucrute e kombucha
- OBS: Uma microbiota intestinal inflamada/ disbiose expressa uma maior expressão de lipopolissacarídeos, aumentando também citocinas pró inflamatórias que aumentarão a sua inflamação.
- Excesso de inflamação aumenta o cortisol (hormônio do estresse), grelina (neuropeptídeo da fome). Gerência o seu estresse com ervas adaptógenas: panas ginseng e ashwaghanda,
Afinal, após você fazer o básico bem feito (incluindo exercício ou até fisioterapia), podemos citar algumas estratégias que podem melhorar na questão articular.
Melhor blend para inflamação:
- Gengibre + Açafrão + Hortelã: Essa combinação tem ação anti-inflamatória. Ralar o gengibre aumenta a área de contato da raiz, facilitando a absorção de nutrientes. Podendo ser feito o chá ou a suplementação
- Teve um estudo que usou cápsulas (para padronizar a dose) com 300mg de açafrão, 7,5 mg de gingeróis e 3,75 mg de piperina 2x ao dia, comparando com 2 cápsulas de naproxeno sódico (flanax), o qual demonstrou que as substancias naturais tiveram o mesmo efeito do FLANAX (Anti-inflamatório)
- Ora-pro-nóbis é uma erva com propriedades anti-inflamatórias que pode auxiliar na inflamação também.
Algumas outras sugestões:
- Além do açafrão, considere o uso de calêndula e arnica (você pode fazer chá ou compressas dele nas áreas mais inflamadas)
- A bromelina também tem propriedades anti-inflamatórias. (você pode encontrar principalmente no abacaxi)
- O colágeno hidrolisado (UC2) em doses de 40 mg pode ser benéfico.
- Alimentos ricos em catequinas, como chá verde e cacau;
- Alimentos ricos em resveratrol, um fitoquímico que da cor a uva (encontrado no vinho também), tem efeito antioxidante e pode modular essa via;
- A curumina encontrada no curry ou na cúrcuma/ açafrão da terra
- A beberina é um suplemento que pode ser útil também ativando a via de PGC-1α (diminuindo a inflamação).
Em suma, todos esses alimentos podem ser utilizados na forma de suplementos. A matriz alimentar é uma fonte indispensável na nossa dieta. Porém quando encapsulamos o composto bioativo do alimento, chamamos de nutracêutico, os quais podem ser utilizados na ausência dos alimentos (resveratrol, curcumina, beberina)
Quais os alimentos que inflamam as articulações:
Afinal, a inflamação nas articulações pode ser agravada por certos alimentos que desencadeiam respostas inflamatórias no corpo. Porém nenhum alimento isoladamente tem a capacidade de te inflamar.
São diversos fatores que levam uma pessoa ter uma inflamação crônica:
- Excesso calórico;
- Baixo consumo de Ômega 3;
- Excesso de gordura saturada;
- Privação de sono;
- Deficiência de proteínas e minerais;
- Alto consumo de álcool;
- Obesidade;
- Desregulação hormonal;
- Inatividade física;
- Inatividade mental;
- Drogas;
- Estresse;
- Estresse oxidativo;
- Disbiose intestinal;
- Frequência de consumo de gorduras Trans, frituras, açúcares e outros
As vezes a sua própria fisiologia pode lutar contra você. Fatores genéticos e até mesmo o ambiente. Sabemos que episódios de hiperfagia (consumir muita comida) é um episódio comum, principalmente com alimentos ultrapalatáveis.
Um paciente com obesidade (a qual é uma doença multifatorial) pode ficar mais difícil ter um paladar mais regulado, isso porque com a inflamação gerada pelo excesso de peso (lá nos adipócitos tem um aumento de citocinas pró inflamatórias) reverbera nas papilas gustativas.
Agora vamos entender que indivíduos saudáveis, podem ter a regulação de fome-saciedade melhor, comparado ao indivíduo obeso (resistência a 2 hormônios ~ insulina e leptina), o qual tem uma diminuição do gasto energético e aumento da fome.
Geralmente eles buscam os alimentos hiperpalatáveis (ultraprocessados) com a finalidade de encontrar a recompensa (existe também uma desregulação no eixo da dopamina).
O excesso de inflamação pode sim prejudicar sua adesão na dieta, por isso uma estratégia nutricional bem estruturada é a chave para a melhora da recomposição corporal.
A preferência por alimentos ricos em gordura e açúcar tem raízes na evolução humana. Durante a maior parte da nossa história, a disponibilidade de alimentos era incerta e muitas vezes escassa.
Por esse motivo, os seres humanos evoluíram com um forte desejo por alimentos com alta densidade calórica, como gorduras e açúcares, para garantir que teriam energia suficiente para sobreviver.
Essa preferência foi moldada pela seleção natural ao longo do tempo e é parte de nossa programação ancestral.
No entanto, nos tempos modernos, onde a disponibilidade de alimentos é mais abundante, essa preferência pode levar ao consumo excessivo de calorias e contribuir para o aumento da obesidade e outras doenças relacionadas à alimentação.
A principal causa da inflamação do nosso corpo vem do sobrepeso e obesidade, pois o excesso de gordura (adipócitos) vai liberar citocinas pró inflamatórias, podendo agravar a artrite.
Vamos analisar alguns alimentos que tem uma característica mais pró inflamatória:
Açúcares e carboidratos refinados: refrigerantes, doces, bolos e biscoitos, podem aumentar os níveis de inflamação. O consumo excessivo de açúcar pode levar à produção de citocinas inflamatórias. Sempre que for consumir esses alimentos, adicione-os após uma refeição completa com proteínas, fibras e gorduras.
Gorduras trans: encontradas em muitos alimentos processados, como fast food, margarina, bolos industrializados e salgadinhos, são conhecidas por aumentar a inflamação. Essas gorduras podem promover a liberação de interleucinas e outras substâncias inflamatórias no corpo .
Óleos vegetais refinados: Óleos como o de soja, milho e girassol, que são ricos em ácidos graxos ômega-6, podem promover a inflamação quando consumidos em excesso, especialmente se a ingestão de ácidos graxos ômega-3 (anti-inflamatórios) for baixa. O equilíbrio entre ômega-6 e ômega-3 é crucial para a modulação da inflamação . Nada contra o ômega 6, mas sim o seu excesso!
Carnes processadas e vermelhas: as processadas (como salsichas, bacon e salame) e as vermelhas (como carne bovina e de porco) contêm altos níveis de gordura saturada, que podem aumentar a inflamação. Além disso, a carne vermelha contém compostos como os produtos finais da glicação avançada (AGEs), que podem promover a inflamação .
Álcool: o seu consumo excessivo pode aumentar os níveis de inflamação no corpo. O álcool pode promover a produção de citocinas inflamatórias e aumentar o estresse oxidativo, o que pode exacerbar a inflamação das articulações . Não podemos esquecer que ele é tóxico para o nosso corpo e o ciclo de etanol pode durar 24 a 72 horas para ser excretado do nosso corpo.
Alimentos fritos: especialmente aqueles fritos em óleos vegetais refinados, são ricos em gorduras trans e podem aumentar a inflamação. O processo de fritura também pode gerar compostos inflamatórios adicionais .
Sal: O consumo excessivo de sal pode levar à retenção de líquidos e aumentar a pressão arterial, o que pode contribuir para a inflamação. Alimentos altamente salgados, como alimentos processados, conservas e petiscos salgados, devem ser consumidos com moderação . O seu excesso pode trazer um desequilíbrio da a microbiota intestinal. Porém na dose ideal (2g segundo a OMS), tem diversos benefícios.
Em suma: evitar ou reduzir o consumo desses alimentos pode ajudar a controlar a inflamação e melhorar os sintomas relacionados à saúde das articulações. Aditar um controle calórico, controle do sono e uma dieta rica em frutas, vegetais, peixes gordurosos, nozes e sementes pode ser benéfico para a saúde das articulações.
O que comer para lubrificar as juntas?
Para as nossas articulações funcionarem bem é primordial que a lubrificação articular esteja funcionando bem. Alguns motivos pelo qual é importante ter as juntas lubrificadas:
- Redução de desgaste
- Amortecimento de impactos
- Nutrição das cartilagens (os nutrientes alcançam as cartilagens com mais facilidade)
- Facilitação do movimento
- Redução da inflamação (o líquido sinovial possui propriedades anti-inflamatórias)
Alguns alimentos relacionados a saúde articular e que facilitam na lubrificação das juntas:
- Azeite Extra-Virgem: Pesquisadores da Universidade de Catania, na Itália, descobriram que o azeite extra-virgem pode aumentar os níveis de lubricina, uma proteína presente no líquido sinovial que protege e lubrifica as cartilagens e articulações1.
- Laranja: Rica em bioflavonoides de citrino, a laranja tem ação antioxidante e anti-inflamatória, contribuindo para a saúde das articulações
- Brócolis e Couve: Essas verduras de coloração verde-escuro são fontes de antioxidantes e cálcio, protegendo os ossos e atuando contra danos nas articulações
- Abacaxi: Além de ser rico em vitamina C, o abacaxi contém bromelina, uma enzima que ajuda a reduzir inflamações no corpo
- Cebola: Os fitoquímicos presentes na cebola têm propriedades anti-inflamatórias, especialmente a quercetina (a maçã também tem)
- Frutas Vermelhas: Morango, framboesa e amoras contêm antocianinas, que possuem ação anti-inflamatória e protegem as cartilagens
- Cúrcuma: Essa especiaria tem propriedades anti-inflamatórias suaves e pode ser benéfica para as articulações
- Gengibre: Com atuação direta no inchaço e na dor, o gengibre pode ser útil para quem sofre com dores nas articulações
Mamão Papaia: A papaína encontrada no mamão reduz inflamações em todo o corpo, incluindo as articulações
- Abacate: Rico em luteína, o abacate combate os radicais livres e contribui para a saúde das articulações
Porém o básico seria uma boa hidratação, pois a maioria das pessoas não bebe a quantidade suficiente de água diariamente. Geralmente as pessoas só recorrem a beber água quando
realmente estão com muita sede e possivelmente bem desidratadas. Você fará diferente, beberá água de hora em hora, mesmo sem necessidade. Água é fundamental para o bom funcionamento de nosso organismo.
Ela é vital para a digestão, para o metabolismo e age como um meio para várias reações enzimáticas e químicas no corpo. Ela leva nutrientes e oxigênio às células pelo sangue, regula a temperatura do corpo e lubrifica nossas juntas (que é particularmente importante se você sofre de artrite, tem problemas musculares ou esqueléticos crônicos ou pratica atividades físicas).
Inicialmente, realmente você irá com mais frequência ao banheiro por causa da hipersensibilidade da bexiga ao aumento de fluídos. Mas depois de algumas semanas sua bexiga se acostuma e você começa a urinar com menos frequência e com maior quantidade por vez.
Alguns suplementos que facilitam a lubrificação articular são: glucosamina, condroitina, ômega 3 e colagens tipo 2.
Referências Bibliográficas:
- Miranda, J. M., Anton, X., Redondo-Valbuena, C., Roca-Saavedra, P., Rodriguez, J. A., Lamas, A., … & Franco, C. M. (2015). Egg and egg-derived foods: effects on human health and use as functional foods. *Nutrients*, 7(1), 706-729.
- Zeng, S., & Mai, L. (2017). Association between dietary cholesterol and cardiovascular outcomes: a systematic review and meta-analysis. *American Journal of Clinical Nutrition*, 106(6), 1287-1301.
Beni, H. M. Herbal formulation “turmeric extract, black pepper, and ginger” versus Naproxen for chronic knee osteoarthritis: A randomized, double-blind, controlled clinical Trial. Phytother Res, 2020.
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