Sono: Quantidade ou Qualidade para o recovery?
Quantidade ou Qualidade de sono?
Como Melhorar o Sono para a Recuperação?
O sono desempenha um papel fundamental na recuperação do cérebro e do corpo, pois sua privação ou restrição prejudica a cognição, a aprendizagem, a consolidação da memória e o bem-estar mental.
Além disso, o sono afeta o crescimento celular, o metabolismo da glicose e a função imunológica.
Durante o sono, o corpo se recupera do desgaste do dia anterior e se prepara para os desafios do dia seguinte.
No sono não REM, o cérebro fica inativo, mas regula funções vitais enquanto o corpo continua se movimentando. Em contraste, no sono REM, o cérebro se torna extremamente ativo, enquanto o corpo permanece essencialmente paralisado.
Além disso, alguns alimentos podem favorecer o sono. Alimentos ricos em proteínas e com alto índice glicêmico, quando consumidos ao menos quatro horas antes de dormir, demonstram potencial para melhorar a qualidade do sono.
Investir na qualidade do sono, aliado a uma alimentação que favoreça o descanso, auxilia na recuperação e na performance ideal dos atletas, promovendo uma rotina mais equilibrada e saudável.
A melhor forma de você modular o seu sono é ao acordar se expor a luz solar por 15 minutos, assim você já regula o seu ciclo circadiano.
Após as 18:00 e antes de dormir evite luz azul presente em telas e prefira luz mais avermelhadas
Nutrição para Modular o Sono
O sono comprometido afeta diretamente a cognição, o aprendizado, a memória, a percepção da dor, a imunidade e a inflamação.
A privação parcial e crônica do sono pode resultar em alterações no metabolismo de carboidratos, na síntese de proteínas, no apetite e na ingestão de alimentos.
Diversos neurotransmissores — como 5-HT, ácido gama-aminobutírico, orexina, hormônio concentrador de melanina, norepinefrina e histamina — influenciam o ciclo sono-vigília.
Existem algumas intervenções nutricionais que podem modular esses neurotransmissores no cérebro e, portanto, melhorar a qualidade do sono.
Por exemplo, o consumo de carboidratos, triptofano, valeriana, melatonina e outros suplementos tem se mostrado promissor como indutores de sono e representa potenciais intervenções para melhorar a quantidade e a qualidade do sono.
A melatonina, um hormônio essencial para regular o ciclo sono-vigília, promove o sono, enquanto a exposição à luz na retina dos olhos reduz sua secreção.
A ingestão de suco de cereja ácida, por exemplo, aumenta a melatonina urinária. Quando consumido por uma semana, o suco de cereja ácida mostrou trazer melhorias modestas no tempo e na qualidade do sono em comparação com o placebo.
Estudos recentes sobre a ingestão de carboidratos indicam que refeições ricas em carboidratos, quando consumidas uma hora antes de dormir, melhoram a qualidade do sono e reduzem o tempo de vigília.
Refeições de alto índice glicêmico (IG), ao serem consumidas quatro horas antes de dormir, também melhoram a latência do início do sono, enquanto refeições de baixo IG não apresentam o mesmo efeito.
A valeriana, uma erva conhecida por se ligar aos receptores de ácido gama-aminobutírico tipo A, parece induzir um efeito calmante ao regular o sistema nervoso.
Com isso, as seguintes recomendações alimentares podem favorecer o sono:
- Alimentos com IG alto, como arroz branco, macarrão, pão e batatas, promovem o sono; no entanto, é ideal consumi-los com uma hora de antecedência.
- Dietas ricas em carboidratos contribuem para uma latência de sono mais curta.
- Dietas ricas em proteínas resultam em melhor qualidade de sono.
- Dietas ricas em gordura podem influenciar negativamente o tempo total de sono.
- A redução da ingestão calórica total pode prejudicar a qualidade do sono.
- O hormônio melatonina e alimentos ricos em melatonina, como cerejas ácidas, ajudam a reduzir o tempo para adormecer.
- A qualidade subjetiva do sono pode melhorar com o consumo da erva valeriana.
- O kiwi é outro alimento que auxilia no sono.
Essas estratégias alimentares ajudam a promover um sono reparador, essencial para a recuperação, o desempenho e o bem-estar geral.
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